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domingo, 5 de agosto de 2018

A CARTILHA QUE EU FUI ALFABETIZADA, INESQUECÍVEL!

HISTÓRIA DAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO: AS MAIS ANTIGAS
NO REINO DA ALEGRIA – DORACY DE ALMEIDA – 1980

São Paulo: IBEP, s.d. [Publicada p[Publicada pelo IBEP – Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas em 1974, a cartilha No Reino da Alegria tem formato bem maior que suas antecessoras. A introdução de exercícios após cada lição e o uso dos quadrinhos e tiras nas ilustrações foram também inovações importantes.]________________________________________________________
CARTILHAS: DAS CARTAS AO LIVRO DE ALFABETIZAÇÃO Ana Maria Moraes Scheffer, Rita de Cássia Barros de Freitas Araújo, Viviam Carvalho de Araújo, Mestrandas em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Quem foi alfabetizado há mais tempo, ou quem sabe num passado mais
remoto, é bem possível que se lembre das cartilhas que circulavam nas salas
de aula, trazendo à tona lembranças do seu período de alfabetização. Período
em que as cartilhas ou os pré-livros eram os primeiros, senão, os únicos
materiais impressos a que tiveram acesso no processo inicial de ensino e
aprendizagem da leitura e da escrita. Valem as perguntas: Como se deu a
nossa alfabetização? Quais os materiais e/ou livros didáticos que circulavam
em nossas salas de aula?
Conforme destaca Stamatto (1998), a cartilha1, manuais escolares
empregados na alfabetização e na aprendizagem da leitura, ficou conhecida no
Brasil, desde a época colonial. Nesta ocasião, as cartilhas eram constituídas da
apresentação do alfabeto em grupos de letras para a formação de sílabas e de
textos religiosos escritos em português e latim.
Segundo a referida autora, a primeira lei brasileira sobre a escola
primária do ano de 18272, não mencionava o método e o manual escolar a
serem utilizados, mas determinava que o livro de leitura fosse a constituição
brasileira e os livros de história do Brasil. Na prática, isto não podia ser
comprovado, uma vez que havia dificuldade de acesso aos livros e obras para
realizar este estudo.
No início do século XIX, no Brasil, os manuais usados para ensinar a ler
e escrever eram importados de Portugal, pois até o ano de 1808, não era
permitida a publicação de livros nacionais. Os professores confeccionavam o
seu próprio material para alfabetizar e usavam também cartilhas portuguesas
como: O expositor português e a Cartilha Maternal, tendo sido esta última
produzida pelo poeta português João de Deus.
Os materiais produzidos pelos professores foram denominados Cartas
do ABC, que traziam o alfabeto escrito de várias formas, valorizando a grafia. O
método que se concretizava através desta cartilha era o método alfabético, o
qual toma como unidade de análise o nome de cada letra. Nesse método era
utilizado o processo de soletração para decifrar a palavra, por exemplo: bola,
be-o-bo, ele-a-la= bola.
Na década de 1880, foi produzida a Cartilha Nacional de Hilário Ribeiro
que propunha um trabalho simultâneo da leitura e da escrita e o ensino do valor
fônico das letras para o aprendizado da leitura. Nesta mesma década, foi
lançada a Cartilha da Infância de Thomaz Galhardo, baseada na silabação.
Esta cartilha foi usada nas escolas brasileiras até a década de 1980. Vejamos
o modelo de lição apresentada em uma página desta Cartilha da Infância citada
por Mortatti (2000, p3):
2 ª lição
va ve vi vo vu
ve va vo..vu..vi
vo vi va ve vu
vai viu vou
Vocábulos
Vo-vó a-ve a-vô o-vo
vi-va vo-vo ou-ve u-va
ui-va vi vi a vi ú va
Exercício
Vo-vó viu a a-ve
A a-ve vi-ve e vo-a
Eu vi a vi-ú-va
vi-va a vo vó
vo-vô vê o o-vo
a a-ve vo-a-va
Publicada em 1907 e muito usada em vários estados brasileiros, a
Cartilha Analytica de Arnaldo Barreto marca a ascensão do método analítico no
Brasil. Apesar do nome, esta cartilha estava dividida em decifração e
compreensão como constatamos no exemplo abaixo de uma das páginas desta
cartilha:
1. Esta é a vaca do meu tio Carlos.
2. Chama-se Rosada.
3. Chama-se Rosada, porque é vermelha.
4. Rosada tem um lindo bezerro.
5. O bezerro também é vermelho.
6. Ele gosta muito do leite da Rosada.
7. Vocês também gostam de leite?
8. Eu gosto muito de leite.
9. Gosto de leite quando tem nata.
10. É da nata que se faz a manteiga.
11. É da nata que também se faz o queijo.
12. Não mames todo o leite, bezerrinho!
13. Deixa um pouco de elite para mamãe fazer manteiga.

Referêncial:https://pedagogiaaopedaletra.com/historia-das-cartilhas-de-alfabetizacao-as-mais-antigas/

Um comentário :

Anônimo disse...

Célio Oliveira de Várzea Paulista São Paulo Boa tarde professora obrigado por esta lição obrigado poe este texto, tenho o prazer de compartilhar contigo que seu sonho será realizado antes do que imagina! Se tiver uma Bíblia a mão por favor leia Isaías 54:13 . Um novo sistema de governo que regerá de modo único toda terra fará toda mudança que precisamos